Treze Tílias Editorial Nereu Lopes de Lima - Vinho e cerveja
Quem aprecia um bom vinho, talvez, nunca tenha parado para pensar no quanto essa bebida tem similaridade com o mundo da cerveja. Desde as formas de produção, passando pelo prazeroso hábito da harmonização e, claro, até a história.
Ambas possuem inúmeras semelhanças. A começar pela crença de que essas duas bebidas foram descobertas por acaso, com processos de fermentação ocorridos acidentalmente.
Com o vinho, por exemplo, historiadores afirmam que é impossível apontar precisamente o local e a época em que a bebida foi feita pela primeira vez, já que a fermentação natural de um cacho de uva caído, potencialmente, torna-se, um tipo de vinho.
Estima-se que a descoberta das primeiras sementes de uvas datem de 8.000 a.C, sendo os indícios iniciais da viticultura, ou seja, de um plantio feito pelo homem. Por isso, acredita-se que os vinhos tenham surgido também nesse período.
Já para a cerveja, as estimativas de datas não muito diferentes e, muito menos, a forma como foi descoberta, meio que sem querer. Há cerca de sete mil anos atrás, na Mesopotâmia, cabia à mulher colher os grãos e colocá-los para cozinhar, a fim de criar algo similar ao pão.
Conta-se a história de que um recipiente cheio de grãos acabou esquecido ao relento. A chuva foi responsável pela germinação dos grãos, iniciando o processo de malteação, que gerou enzimas necessárias para a fabricação da cerveja.
Visando não desperdiçar os grãos, a mulher os colocou para aquecer. A surpresa foi o resultado: um líquido açucarado que, logo após de resfriado e mantido em guarda, já apresentava as bolhas da fermentação espontânea. Surgia, assim, a cerveja primitiva.
No antigo Egito, o vinho era tido como uma bebida sagrada, assim como a cerveja.
Outra semelhança entre essas bebidas é que, ao longo dos séculos, o vinho foi tratado não apenas como a bebida ideal para os grandes banquetes, festas e comemorações, mas também, com uma função sagrada, assim como a cerveja.
Na cultura egípcia, os faraós organizavam queimadas de vinhedos e as ofereciam aos deuses, enquanto os sacerdotes o utilizavam nos rituais sagrados. Com a cerveja não era diferente, pois também era vista como uma bebida sagrada no Egito.
A cerveja Italian Grape Ale, da cervejaria Leopoldina, de Bento Gonçalves, foi eleita a melhor do mundo na categoria Speciality Brut, do World Beer Awards, um dos principais concursos internacionais da área. O Concurso Brasileiro de Cervejas, promovido anualmente pela Associação Blumenauense de Turismo, Eventos e Cultura, destacou um produto da Serra entre os melhores do Brasil. A cerveja Merlot Grape Ale, da Alem Bier, produzida pela Vinícola Monte Reale de Flores da Cunha, foi eleita a melhor do concurso. O produto recebeu a medalha de ouro no Best of Show da prova.
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Texto redigido por Nereu Lopes de Lima