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Brasil Mais de 110 mil brasileiros morreram por AVC até novembro de 2023

Mais de 110 mil brasileiros morreram por AVC até novembro de 2023

Só em 2024 foram 10.125 pessoas vítimas da doença. O AVC, que já chegou a ser a segunda causa de morte no país, passou a ocupar a primeira posição há 5 anos, conforme dados do CRC, divulgados pela SBAVC

Em 2023, 110.818 brasileiros morreram por Acidente Vascular Cerebral (AVC) até o mês de novembro. Já em 2024, até o momento, 10.125 pessoas foram vítimas da doença. Os dados são do Portal da Transparência do Centro de Registro Civil (CRC) do Brasil — uma base de dados alimentada pelos cartórios de todo o país —, divulgados pela Sociedade Brasileira de AVC (SBAVC). O número de mortes por causa da doença ainda preocupa médicos e a população. 

O neurocirurgião especialista nas patologias vasculares do Sistema Nervoso Central Victor Hugo Espíndola explica que o AVC é a segunda maior causa de morte no mundo em pessoas acima de 60 anos  — e a principal causa de incapacidade no Brasil na população adulta. 

“A causa de um AVC isquêmico é um trombo, um coágulo que vai obstruir uma artéria. O que ele pode causar, quais são as sequelas, os sintomas, vai depender muito da região do cérebro que vai ser afetada. O nosso cérebro é topografado, então a gente tem a área da fala, área motor do braço direito, área motor do braço esquerdo, área da memória. E, dependendo da região que for afetada, o paciente pode desenvolver um quadro diferente”, destaca.

De acordo com a SBAVC, o AVC, que até meados da década de 2010-2018 era a segunda causa de mortes no Brasil, ocupa a primeira posição há 5 anos. A doença já superou o infarto em causa de morte no país, uma relação que era inversa — infarto em primeiro lugar — do que acontece no mundo ocidental. 

Segundo Espíndola, existem dois tipos de AVC: o isquêmico e o hemorrágico. O primeiro, é o mais comum e responsável por mais de 80% dos casos. “É quando o paciente apresenta uma obstrução da artéria que leva sangue para determinadas regiões do cérebro”. Já o hemorrágico, o paciente tem uma ruptura da artéria seja por um pico hipertensivo seja por um aneurisma cerebral que rompe. “Esse tipo de AVC atinge cerca de 20% dos casos, sendo popularmente conhecido como derrame”, informa.

Prevenção

Na opinião do especialista nas patologias vasculares do Sistema Nervoso Central, manter bons hábitos de vida e ficar atento aos sinais podem evitar complicações. 

“Normalmente o AVC ele tende a pegar um lado do corpo. Então o braço direito fica mais fraco, a perna direita fica mais fraca — ou o braço esquerdo ou a perna esquerda. A gente pede o paciente para cantar a música que ele mais gosta, conversar e, se ele tiver dificuldade de conversar, pode ser sintoma de AVC— porque AVC também altera a fala”, relata.

Quem passou por essa situação, sabe como é difícil lidar com a doença e o quanto ela assusta. A analista de sistemas Fabrícia Chacon, de 45 anos, moradora de Brasília, relata o episódio que teve quando estava em um encontro de família.

“Em 2017, era dia de Pentecostes, eu estava na casa da minha sogra e eu comecei a suar frio. Comecei a ter taquicardia, a sentir meus braços dormentes — e eu falei com o meu marido: Nossa, não estou passando bem, estou suando frio, estou esquisita, estou achando que vou desmaiar; meu coração está disparado. Eu realmente achei até que fosse uma crise de ansiedade”, conta.

Mas após ser diagnosticada, Fabrícia descobriu que teve um AVC. Ela buscou informações, médicos especialistas e deu início ao tratamento. Por conta dos problemas vividos, Fabrícia agora faz um alerta:

“Quando você tem um AVC, você tem que investigar, cuidar da alimentação, cuidar da saúde. Eu já era hipertensa. A hipertensão foi um presente do trabalho, por estresse. Então, assim, olhar pra si”, orienta. 

Tratamento e cuidados

O neurocirurgião destaca que os sintomas de um AVC podem ser silenciosos. E é por isso que a conscientização e a educação sobre o assunto são ainda mais essenciais. Para o médico, quanto mais rápido for o diagnóstico, mais rápido iniciar o tratamento, maiores serão as chances de recuperação. 

“Hoje o AVC isquêmico tem 11 dos melhores tratamentos da medicina pra medir. Intimamente relacionado ao tempo, então, tem dois tratamentos disponíveis. Primeiro, a medicação que a gente faz na veia pra tentar dissolver e escoar o que tá obstruindo a artéria. E quando a gente tem uma artéria grande obstruída, fazendo um AVC mais grave, a gente tem hoje um procedimento chamado trombectomia mecânica”, revela.

Qualquer alteração, ele recomenda procurar atendimento médico imediato para iniciar o tratamento. Conforme o Ministério da Saúde (MS), 90% desses derrames podem ser evitados se a pessoa ficar atenta a determinados riscos que incluem: pressão arterial elevada (hipertensão), batimentos cardíacos irregulares (arritmia cardíaca), tabagismo, dieta e falta de exercício.
 

Imagem de Kohji Asakawa por Pixabay

Fonte: Brasil 61

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