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Treze Tílias Nereo Lopes de Lima: Dilemas e oportunidades

Nereo Lopes de Lima: Dilemas e oportunidades

Dia da justiça

1853 — Emancipação política do Estado do Paraná, cujo território deixaria de estar vinculado ao Estado de São Paulo.

O Jornalista Carlos Alberto Di Franco do jornal o Estadão de SP, fez um leitura correta do sentimento da maioria dos brasileiros a respeito das narrativas do jornalismo, em editorial do dia 11 de dezembro.

O jornalismo está em crise. Trata-se de um fato global.  É preciso ir às suas causas, enfrentar os dilemas e saber construir oportunidades.

A sociedade está cansada do clima de militância que tomou conta da agenda pública. Sobra opinião e falta informação. Os leitores estão perdidos num cipoal de afirmações categóricas e pouco fundamentadas, declarações de “especialistas” e uma overdose de colunismo. Um denominador comum marca o achismo que invadiu o espaço outrora destinado à informação qualificada: radicalização e politização.

As notícias que realmente importam, isto é, as que são capazes de alterar os rumos de um país, são fruto não de boatos, contrabando opinativo na informação ou meias-verdades disseminadas de forma irresponsável ou ingênua, mas resultam de um trabalho investigativo feito dentro de padrões de qualidade, algo que deve estar na essência dos bons jornais. Aqui já temos um formidável horizonte de reinvenção.

 O fenômeno da disrupção digital, ou seja interrupção do curso nornal, da perda de domínio da narrativa e da desintermediação dos meios tradicionais teve precedentes que poderiam ter sido evitados, não fosse o distanciamento da imprensa dos seus consumidores, sua dificuldade de entender o alcance das novas formas de consumo digital da informação e, em alguns casos, sejamos claros, sua falta de isenção informativa e certa dose de intolerância. Aqui temos outro formidável horizonte de reinvenção: recuperar fortemente o jornalismo factual. Entregar, com empenho de isenção, a realidade nos fatos. Sem filtros ideológicos ou militância camuflada. As nossas preferencias devem ser manifestadas no espaço opinativo.

Os consumidores, com razão, manifestam cansaço com o tom sombrio das nossas coberturas. É possível denunciar mazelas com um olhar propositivo. Pensemos, por exemplo, na ignominiosa situação da corrupção. É preciso reverter um quadro que agride a dignidade humana, envergonha o País e torna inviável o futuro de gerações inteiras. Não seria uma bela bandeira, uma excelente causa a ser abraçada pela imprensa

Em vez de ficarmos reféns do diz-que-diz, do blá-blá-blá inconsistente, das intrigas e da espuma que brota nos corredores do poder, que não são rigorosamente notícia, mergulhemos de cabeça em pautas que, de fato, ajudem a construir um país que não pode continuar olhando pelo retrovisor. Sobra Brasília e falta País real. Há excesso de declarações e falta apuração.

A violência, a corrupção, a incompetência e a mentira estão aí. E devem ser denunciadas. Não se trata, por óbvio, de esconder a realidade. Mas também é preciso dar o outro lado, o lado do bem. Não devemos ocultar as trevas. Mas temos o dever de mostrar as luzes que teimam em brilhar no fim do túnel. A boa notícia também é informação. A análise objetiva e profunda, sem viés ideológico, é uma demanda forte dos consumidores.

Precisamos olhar as nossas coberturas e nos questionarmos se há valor diferencial no que estamos entregando aos nossos consumidores. Precisamos desenvolver uma boa curadoria da informação.

O editorial do Estadão conclui com um diagnóstico certeiro: “O jornalismo profissional está passando por uma crise para a qual a solução há muito é conhecida: apego aos fatos e respeito ao público”. Simples assim. Trata-se de traduzir o conceito -claríssimo- em ações e processos.

Foto de SHVETS production: https://www.pexels.com/pt-br/foto/conselhos-orientacoes-assistencia-anonimo-7176026/

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