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Mundo Objetivos Globais das crianças estão atrasados em relação ao prazo de 2030

Objetivos Globais das crianças estão atrasados em relação ao prazo de 2030

Novo relatório divulgado na véspera da Assembleia Geral da ONU mostra que é necessária uma aceleração histórica para cumprir os ODS, o que só será possível se o mundo colocar meninas e meninos no centro das agendas nacionais

Nova Iorque, 18 de setembro de 2023 – A meio caminho da data final para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), para 2030, dois terços dos indicadores relacionados com as crianças e os adolescentes estão aquém do ritmo de cumprimento das suas metas, de acordo com um novo relatório do UNICEF divulgado nesta segunda-feira (18/9).

O relatório Progresso no Bem-Estar das Crianças: Colocando os direitos da criança no centro da Agenda 2030 (Progress on Children's Well-Being: Centring child rights in the 2030 Agenda – disponível somente em inglês) alerta que, até hoje, apenas 6% da população de crianças e adolescentes – ou 150 milhões de meninas e meninos – vivendo em apenas 11 países atingiram 50% das metas relacionadas à infância e à adolescência – o mais alto nível de realização globalmente.

Se o progresso continuar nesse ritmo, apenas 60 países – onde vive apenas 25% da população com menos de 18 anos de idade – terão alcançado as suas metas até 2030, deixando para trás cerca de 1,9 bilhão de crianças e adolescentes em 140 países.

“Há sete anos, o mundo comprometeu-se a erradicar a pobreza, a fome e a desigualdade e a garantir que todos – especialmente as crianças e os adolescentes – tenham acesso a serviços básicos de qualidade”, afirmou a diretora executiva do UNICEF, Catherine Russell. “No entanto, a meio caminho da conclusão da Agenda 2030, temos pouco tempo para concretizar a promessa dos ODS. Não fazer isso colocará em risco a vida das crianças e dos adolescentes e a sustentabilidade do nosso planeta. Temos de mudar de rumo, começando por colocar meninas e meninos no topo da agenda prioritária para uma ação acelerada para alcançar os ODS.”

Publicado antes da Semana de Alto Nível da 78ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas e da Cúpula dos ODS em Nova Iorque, o relatório faz um balanço, até a data, do progresso nos indicadores relacionados à infância e à adolescência nos ODS – objetivos globais adotados pelos Estados-membros das Nações Unidas em 2015 para eliminar a pobreza, reduzir as desigualdades e promover a paz e a prosperidade até 2030.

Baseando-se em mais de duas décadas de dados abrangendo cerca de 190 países, essa análise compara a situação atual em cada um deles com as metas que deverão ser alcançadas dentro de sete anos e revela os desafios e as oportunidades para acelerar as medidas tomadas. As conclusões pintam um quadro misto, mostrando progressos e retrocessos em relação aos objetivos globais.

De acordo com o relatório, o desenvolvimento acelerado é possível com um forte compromisso nacional, políticas eficazes e financiamento adequado, com alguns países de renda baixa e média-baixa registrando a taxa de progresso mais rápida. Por exemplo, com base nos dados disponíveis até 2021, Camboja, Índia, Marrocos, Ruanda e Uganda, entre outros, tiveram um desempenho consistente em vários ODS relacionados com as crianças e os adolescentes, principalmente quando foram investidos esforços em áreas que produziram resultados em vários indicadores. No entanto, mesmo esses países ainda têm muito terreno a percorrer para alcançar as metas e devem manter o seu ritmo ou acelerar ainda mais.

O mundo ainda enfrenta os efeitos de múltiplas crises – covid-19, mudanças climáticas, conflitos e crises econômicas – que interrompem ou revertem anos de progresso. Nomeadamente, ao longo dos últimos anos, a pandemia contribuiu diretamente para um colapso histórico nos serviços de imunização e a pobreza de aprendizagem aumentou em um terço nos países de baixa e média renda. Os objetivos relacionados com a proteção contra danos, a aprendizagem e uma vida sem pobreza são os que estão mais distantes de suas metas.

Para atingir as metas para 2030, os países que estão atualmente fora do ritmo terão de acelerar o progresso para níveis historicamente sem precedentes. As evidências mostram que o investimento nos direitos de crianças e adolescentes impulsiona e sustenta resultados para todas as sociedades, todas as pessoas e o planeta, uma vez que as intervenções nos primeiros anos de vida das crianças são as que mais avançam na erradicação da fome, da pobreza, da saúde precária e da desigualdade.

Enquanto os líderes mundiais se preparam para se reunir esta semana para fazer um balanço dos ODS, o UNICEF pede aos países para que coloquem os direitos de meninas e meninos no centro das suas prioridades e tomem medidas históricas para acelerar o progresso, ao:

  • Construir o compromisso político em nível nacional. Os governos devem aumentar significativamente e salvaguardar as despesas sociais em áreas como a saúde, a educação e a proteção social.
  • Definir metas ambiciosas e realistas e agir. Adaptar as metas globais aos contextos locais, considerando as capacidades técnicas, políticas, de governança e financeiras para ajudar a garantir ações exequíveis e mudar o arco da trajetória para uma maior aceleração em direção aos ODS.
  • Priorizar o conhecimento e as evidências para as crianças e os adolescentes. Promover parcerias fortes e colaboração entre as partes interessadas para facilitar a coleta, o compartilhamento e a utilização de dados, para determinar as ações concretas necessárias para alcançar as metas dos ODS.
  • Reforçar o compromisso para a construção de um planeta habitável para todas as crianças e todos os adolescentes. Os governos e a comunidade internacional devem aumentar os investimentos para desenvolver e implementar estratégias de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
  • Garantir que os sistemas de financiamento funcionem para acelerar o progresso. Explorar opções inovadoras de financiamento nacional e internacional que priorizem resultados, enfatizem a equidade e a eficácia e direcionem o investimento em áreas transversais.

“Muita coisa pode acontecer em sete anos”, acrescentou Russell. “Podemos renovar e reorientar os nossos esforços e tornar o mundo um lugar mais justo e saudável para todos. Mas, para fazer isso, os líderes mundiais devem tornar-se defensores das crianças e dos adolescentes e colocar os direitos de meninas e meninos no centro das suas políticas internas e agendas orçamentais”.

Notas para editores:

Em média, os países monitoram apenas 24 dos 48 indicadores relacionados a crianças e adolescentes nos 17 ODS. Isso significa que as nações normalmente não têm conhecimento de metade das medidas internacionalmente comparáveis relativas ao bem-estar da criança e do(a) adolescente.

O UNICEF encomendou um mural na Segunda Avenida (na cidade de Nova Iorque), ponto-chave por onde passarão os participantes para chegar à Assembleia Geral das Nações Unidas. Representando a roda dos objetivos globais, o mural exibe a mensagem “muita coisa pode acontecer em sete anos” e inclui um QR code que leva os transeuntes a uma página do UNICEF na internet explicando que faltam sete anos para alcançar os ODS e como isso pode ser feito.

Leia o relatório na íntegra aqui.

Conteúdo multimídia disponível para download aqui.

Sobre o UNICEF

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) trabalha em alguns dos lugares mais difíceis do planeta, para alcançar as crianças mais desfavorecidas do mundo. Em 190 países e territórios, o UNICEF trabalha para cada criança, em todos os lugares, para construir um mundo melhor para todos. Saiba mais acessando o site oficial e acompanhe as ações da organização no FacebookTwitterInstagramYouTube e LinkedIn.

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Imagem de Jill Wellington por Pixabay

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