Oeste Catarinense Após pressão, governo deve rever calendário para o plantio da soja
Os três estados do Sul, impactados pela Portaria n° 840 editada no dia 7 de julho pelo Ministério da Agricultura, deverão ter um prazo diferenciado para a semeadura de soja na safra 2023/2024. O pedido já foi acatado pelo chefe do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Segundo o deputado federal Rafael Pezenti (MDB), o anúncio deve acontecer logo.
O deputado havia criticado na semana passada a nova norma estabelecida pelo governo, alegando que o calendário de plantação encurtado de 140 para 100 dias, inviabilizaria a chamada “safrinha” de pequenos agricultores.
Pela portaria, produtores estão proibidos de plantar soja depois do dia 29/12 em Santa Catarina.
Após a pressão dos parlamentares no Congresso Nacional e de Órgãos Estaduais de Defesa Sanitária Vegetal dos estados afetados, o governo federal acatou e encontrou um meio termo para solucionar o problema.
O Ministro da Agricultura e Pecuária Carlos Fávaro, reconheceu a importância do pleito e disse que o pedido será atendido. “Nós compreendemos que o Brasil é um país continental, com todas as particularidades de um território deste tamanho. Nós padronizamos a calendarização da safra 2023/24, mas sabemos que é preciso, agora, tratar as exceções de forma excepcional”.
Uma nova portaria regionalizando o calendário de plantio da oleaginosa, tornando os prazos mais elásticos para o estado, deve ser publicada pelo Ministério da Agricultura nos próximos dias.
Imagem de Charles Echer por Pixabay