Florianópolis Operação Mensageiro apura suspeitas de crime de corrupção em Santa Catarina
O suposto esquema de corrupção na coleta de lixo descoberto na Operação Mensageiro realizada pelo Gaeco, do MPSC, que apura suspeita de crimes de corrupção no setor de coleta e destinação de lixo em Santa Catarina e resultou na prisão de sete prefeitos catarinenses, destinava 13% dos contratos para propina a agentes públicos
Segundo o Gaeco, este é o maior e mais complexo esquema criminoso para pagamentos de propina para agentes públicos e políticos da história do Estado.
Em despacho, a desembargadora do Tribunal de Justiça de Santa Catarina Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer afirma que as investigações mostraram que há elementos de indiciários de práticas criminosas que, em tese, estão “depenando” os cofres dos municípios catarinenses.
Em cinco anos, a Serrana, principal alvo das investigações, recebeu R$ 354 milhões em contratos.
Planilhas dos sócios da empresa, mostram por exemplo, que de R$ 34,3 milhões em contratos apenas R$ 10,2 milhões seriam destinados aos trabalhos prestados. Outros R$ 19,5 milhões eram lucro da empresa e mais R$ 4,5 milhões foram destinados para corrupção de agentes públicos.
Chamou a atenção da Justiça que o grupo Serrana está espalhado não em 60 municípios, como averiguado inicialmente pelo MPSC, mas em 140 cidades catarinenses.
Segundo as investigações, os pagamentos das propinas ocorriam por meio de dinheiro em espécie ou transferências de valores que apagariam rastros das transações financeiras e o real pagador do dinheiro ilícito.
Foto de jin yang: https://www.pexels.com/pt-br/foto/automovel-noite-estacionado-veiculo-8099238/