Treze Tílias Projeto de desafetação, continua repercutindo no Legislativo de Treze Tílias
A sessão de ontem teve entrada de um projeto de Lei Complementar, que altera estrutura administrativa. Trata-se do projeto 07 de 2022 que deu entrada e foi baixado às comissões para análise.
Mas a pauta que esteve em debate, durante a maior parte do encontro do legislativo, foi o projeto número 14 de 2022, reprovado na sessão do dia 15 de agosto.
O projeto, de autoria do Executivo, solicitava a autorização de desafetação de imóvel, localizado junto ao Parque da Feira. A desafetação do imóvel seria parcial, compreendendo uma área de 32.440,00 (trinta e dois mil, quatrocentos e quarenta metros quadrados, inserida na área maior de 90.881,05 (noventa mil, oitocentos e oitenta e um metros e cinco centímetros quadrados), de um terreno sem benfeitorias.
O espaço, que até então é utilizado como estacionamento de veículos durante as festividades da Expotílias, seria, posteriormente, destinado a um projeto habitacional.
O vereador Starback Schneider lamentou que informações distorcidas tenham circulado em redes sociais e grupos de WhatsApp sobre a votação do projeto. Ele reiterou que o posicionamento do Legislativo foi contra o projeto de desafetação de imóvel, e não contra projeto habitacional.
Starback destacou que o projeto foi amplamente discutido e votado. Ele pediu respeito às decisões democráticas, pontuando que Treze Tílias não merece que notícias falsas sejam disseminadas.
O Vereador Renato de Bastiani pontuou que os vereadores não são contra projetos habitacionais. Destacou que a sugestão foi de que o municipio encontre outros locais para implementá-los. De Bastiani disse estar com a consciência tranquila por acreditar que se pode encontrar um local com melhor localização e infraestrutura.
O vereador finalizou destacando que o legislativo é parceiro da administração, desde que para implementar os projetos se encontre a melhor forma.
Por sua vez, o Vereador Zéca Rocha, comentou sobre a entrevista do Prefeito de Treze Tílias, Rudi Ohlweiler, concedida à Rádio Tropical FM, na manhã segunda-feira.
Ele voltou a enfatizar o número de 600 famílias com déficit habitacional no município, e lamentou que o projeto não tenha sido aprovado, retirado da pauta ou ainda analisado por mais tempo. Rocha disse respeitar as opiniões, e destacou que resta agora buscar outra alternativa.
O Vereador Adriano Feilstrecker ressaltou que ninguém votou contra a habitação. Ele lembrou que mesmo que, inicialmente, o projeto tenha parecido uma boa ideia. Após análise e estudo de viabilidade foi votado contra. Feilstrecker foi enfático ao afirmar que não existe acordo político. Existe o estudo de projetos e a decisão da maioria que deve ser respeitada.
O legislador acrescentou ainda sobre a aquisição de uma área condizente com a necessidade habitacional, comentando ainda que dentre esse universo de família que necessitam muitos sequer se enquadram nos projetos para moradias.
O vereador Rodrigo Kandler disse concordar com Zéca Rocha e com o Prefeito de Treze Tílias, quando se referem à área do Parque da Feira, que fica ociosa na maior parte do ano. Ele ponderou que utilizar a área já de posse do município iria proporcionar economia aos cofres públicos.
Kandler disse que não considera a distância do Parque da feira considerável, se comparado, por exemplo, à grandes centros. Ele salientou que pensou na economia e nas famílias que necessitam de moradias.
O presidente da Câmara de Vereadores de Treze Tílias, Leocrides Brandalise, foi enfático ao destacar o papel do Legislativo dentro da administração municipal. Ele afirmou que o vereador foi eleito para tomar as decisões, e isso é o que vale. Ou seja, que o legislativo é o poder representante da população.
Brandalise disse estar cansado de receber críticas, muitas vezes infundadas. Ele afirmou que a verdade deve sempre prevalecer. O presidente da casa contou ter procurado o Prefeito de Treze Tílias para debater o projeto e chegou a sugerir quatro outros locais, com terrenos disponíveis para negociação.
O presidente da casa foi enfático ao afirmar que o local indicado para desafetação foi adquirido com outra finalidade, portanto ninguém votou contra a habitação. Se existir local adequado para um projeto habitacional, ele será aprovado, esclareceu Brandalise.
Leocrides chegou a citar como exemplo um loteamento que está há 11 anos “parado” no município, por não atender as exigências necessárias para implantação. Por isso, pontua ele, é necessário fazer o correto.
O presidente da casa destacou em sua fala que o Legislativo deve ser ouvido e respeitado.