São Paulo - Entre janeiro e abril deste ano, foram detectados cerca de 221 mil compartilhamentos de mensagens sobre falsas vagas de emprego.

Somente em janeiro, foram quase 160 mil, quase vinte vezes o volume de dezembro de 2021.

Os dados foram levantados pela PSafe, empresa especializada em segurança digital.

De acordo com Emilio Simoni, executivo-chefe de segurança da companhia, os disparos chegam a até três mil por dia.

"O golpe costuma prometer rendimentos grandes e salários altos sem pré-requisitos. Inclusive essa é uma forma de identificar o golpe: salários acima da média e os requisitos que normalmente teriam essas vagas de emprego não existem".

As mensagens incluem um link para que os interessados cliquem ou copiem e colem em algum navegador para se inscreverem para a falsa vaga.

Uma das mensagens mais recorrentes é a que o golpista se apresenta como consultor do Sebrae, com um link direcionando para o WhatsApp Web.

O advogado Márcio Chaves, especialista em Direito Digital, afirma que, a partir do link que a vítima acessa ou do preenchimento de algum formulário, dados como CPF, e-mail, número de celular ou informações bancárias são roubados.

Ele explica que o golpe é conhecido como "phishing" e que praticamente não há custos para os golpistas.