Caçador FIESC ingressa na ação do Ministério Público Federal sobre apagão de energia na Região
A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) requereu à Justiça Federal seu ingresso como terceiro interessado em Ação Civil Pública (ACP) impetrada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em razão do apagão elétrico de quatro dias no Meio Oeste catarinense no final de maio e início de junho de 2021.
A ação do MPF solicita planos emergenciais para o caso de novas interrupções e indenização por danos patrimoniais e morais a todos os consumidores e vítimas daquele apagão.
O pedido de ingresso da FIESC na ação se dá em função da situação do setor industrial, que também foi gravemente afetado pela situação.
O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar destacou que este episódio não pode ser esquecido, pois foi o esquecimento desta importante região industrial que levou a esse apagão de quatro dias, que não pode se repetir.
Disse que a região precisa de um sistema de distribuição redundante e de plano de emergência.
Os prejuízos foram enormes e diversas empresas não conseguiram cumprir compromissos assumidos com seus clientes”, acrescenta o vice-presidente regional Centro-Norte da FIESC, Leonir Tesser.
A região mais diretamente atingida é a de Caçador e Videira, com 24 municípios e um total de 423 mil habitantes.
A ação destaca que apesar da queda das quatro torres de transmissão, a Celesc não dispunha da rede de distribuição de redundância, que havia sido afetada em evento climático semelhante oito meses antes.
O evento que provocou a interrupção atingiu seis subestações que atendem os municípios de Caçador, Matos Costa, Calmon, Timbó Grande, Macieira, Lebon Regis, Bela Vista do Toldo, Santa Cecília, Canoinhas, Rio das Antas, Porto União, Major Vieira, Fraiburgo, Videira, Salto Veloso, Arroio Trinta, Pinheiro Preto, Iomerê, Tangará, Ibiam, Água Doce e Treze Tílias.