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Brasil 70% das indústrias brasileiras sofrem com falta de insumos

Sessenta e oito por cento das indústrias brasileiras sofrem com a falta de abastecimento de insumos e de matérias-primas para a fabricação de produtos.

Ouça Reportagem: Artur Filho

O levantamento foi feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), revelando ainda que mais da metade das cerca de 1.800 empresas pesquisadas avaliam que esse desajuste será resolvido a partir de abril de 2022. Economistas apontam que a falta de insumos é uma das causas da alta inflação no país em 2021.

Para o gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo, a falta de insumos traz uma série de dificuldades para o empresariado, que também enfrenta problemas quando tenta outros mercados e não consegue a matéria prima que precisa. “Isso não afeta apenas uma questão de custo das empresas. Existe toda uma questão de planejamento. Às vezes as empresas estão recebendo menos insumos do que desejavam ou recebem num prazo diferente do que tinham combinado. Às vezes precisam buscar novos fornecedores, seja fora do país. Tudo isso vai criando problemas no processo produtivo trazendo ineficiência, queda de produtividade, além do aumento de custo. Isso tudo precisa ser combatido, trazendo condições para que as empresas consigam esses novos fornecedores de uma forma mais fácil. Uma criação de alternativas nessa ausência de alguns insumos, nessa dificuldade de encontrar alguns insumos”, pondera.

A economista da FGV/Ibre, Cláudia Perdigão, afirma que o desencontro entre os pedidos feitos pela indústria e a demora na entrega gera lentidão na produção industrial, e com isso traz consequências para a economia brasileira. “O que nós tivemos foi um processo de descasamento das cadeias globais, que levou a uma retomada assimétrica, seguimentos. Portanto, levando a esse descasamento esses prazos de pedidos entregues. Esse processo não aconteceu de maneira homogênea em setores. A presença desse gargalo vem como um choque de oferta, pressionando novamente os preços dos produtos industrial, e leva então a uma retomada mais lenta e morosa do seguimento”.

O consultor tributário e economista, Luiz Carlos Hauly, ressalta que este problema já acontecia antes da pandemia. Segundo ele, a isenção de tributos de alguns setores deixa outros de lado, somada à falta da Reforma Tributária, formando um caldeirão de problemas no sistema de produção brasileiro. “Acaba sofrendo, também, incertezas no mercado de fornecimento de insumos básicos com oscilação do dólar, oscilação dos preços internacionais e acaba pagando um preço muito alto. Com isso, a nossa indústria brasileira continua sendo prejudicada por todos os lados. O industrial brasileiro é um herói, porque com todas estas adversidades, consegue manter a sua produção, que ajuda a abastecer o Brasil, e ainda tem condição um pouco de exportação, mesmo nadando o tempo todo contra a maré”. A falta de insumos e matéria-prima atinge 90% do setor de calçados, 88% das indústrias de couro, 85% dos fabricantes de móveis, 79% da indústria química, 78% do vestuário e 77% das indústrias de informática e produtos eletrônicos. 88% das indústrias farmacêuticas, que dependem de produtos importados, também enfrentam problemas, como 84% do setor de material plástico e 82% da área de limpeza e perfumaria.

Por Luis Ricardo Machado

Rede de Notícias Regional /Brasília

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