Especialista explica que alimentação pode beneficiar os pacientes e até mesmo prevenir o surgimento da doença

No dia 1º de outubro será celebrado o "Dia Mundial do Idoso". A data, que foi comemorada pela primeira vez no ano de 1991, completa seus 30 anos agora em 2021, registrando alguns avanços para a população idosa. O objetivo da data é sensibilizar a sociedade mundial para as questões do envelhecimento, dando ênfase à necessidade de proteção e de cuidados para com essa população.

Dados de uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde revela que no Brasil cerca de 9,2% da população idosa sofre com a depressão. A doença do sistema nervoso é caracterizada principalmente por perda de energia e cansaço constante, sendo tratada por meio de acompanhamento com psiquiatra e psicólogo. Mas a alimentação balanceada também contribui para que a pessoa se sinta melhor e mais animada. No caso de idosos, a escolha dos alimentos exige mais cuidados, mas possui a capacidade de proporcionar bem-estar ao corpo e à mente.

A professora e coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera, Marivone Rosa Borges, explica que alimentos simples podem ser inseridos aos poucos na rotina da alimentação. "Alimentos como laranja, mel e hortaliças verde-escuras como espinafre, brócolis e alface são auxiliares no combate a depressão. Além disso, é de suma importância a inserção de chás na alimentação dos idosos, pois suaviza os efeitos da ansiedade, stress e insônia" diz.

A especialista afirma que a nutrição é um ponto-chave que pode ajudar a produzir mais serotonina, hormônio que dá sensação de prazer, o que aumenta o bom humor e ajuda no combate da depressão entre idosos, mas ressalta que existem modos corretos de consumidor os alimentos. "Um dos alimentos que produz serotonina é o chocolate. Mas o excesso de consumo pode trazer alguns malefícios, como refluxo, náuseas, dores estomacais, dor de cabeça e até desencadear um processo alérgico. Isso acontece porque o chocolate é rico em gorduras e açúcares, que podem sobrecarregar o organismo quando consumidos em excesso", conclui, destacando que a alimentação regular também deve conter uma boa quantidade de legumes, frutas, carne magra, leguminosas e cereais integrais.

A especialista alerta que bons hábitos alimentares não substituem o tratamento e acompanhamento médico. "A alimentação saudável é fundamental para a qualidade de vida em qualquer fase da vida, mas nada substitui o tratamento especializado. Se os idosos apresentarem sintomas típicos da depressão como tristeza, perda de interesse em coisas que gostava de fazer ou cansaço excessivo é importante recorrer a um médico psiquiatra e logo após a um nutricionista para que seja criada uma rotina alimentar específica que irá auxiliar ao tratamento psíquico", esclarece.

A Anhanguera disponibiliza para a população acesso a consultas psicológicas e de nutrição de forma gratuita ou mediante a cobrança de uma taxa de valor social nas clínicas-escola de Psicologia e Nutrição em diversos pontos do estado de Santa Catarina. Confira informações na unidade para agendamento

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