O ministro Edson Fachin, relator, já deu o voto contra o agronegócio. A favor dos índios. Em Santa Catarina, uma reserva já foi demarcada em 1.965, com definição de 14 mil hectares de terras indígenas. Agora a discussão é que poderá ir para 37 mil hectares. Mil famílias poderão ser expulsas de suas terras.

Mais de 5 mil pessoas. Isso pode afetar o Brasil inteiro e ter repercussão nacional, afetando a tranquilidade de muita gente. Em Mato Grosso pode afetar a produção de soja, de milho e algodão e carne. O relator votou a favor de sua história. Ele já foi advogado nas questões agrárias. Já assinou manifestos pelas desapropriações, pela reforma agrária e não gosta muito do agro.

O ministro Kassio Nunes Marques, abriu divergência ontem e votou a favor do marco temporal. A votação está empatada em um voto. O ministro Alexandre de Morais decidiu não decidir e pediu vistas no processo. Não está determinado quando a votação terá prosseguimento.

Lembrando, foi um desastre quando o STF entrou na reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima com demarcação contínua. Com a decisão derrubou 5% da produção de arroz do Brasil. Hoje Roraima tem que importar arroz, quando produzia arroz até para a exportação. Os índios viviam em simbiose, relação funcional, estreita, harmônica e produtiva, com proveito mutuo, com os arrozeiros. Os arrozeiros foram expulsos de lá. Espera-se que o Supremo caia na real e decida a favor do Marco Temporal, isto é que só poderão ser considerados territórios nativos, aquelas áreas ocupadas até 5 de outubro de 1.988, data da nova constituição.

Outro assunto.

O Brasil é país da recuperação. O RS teve uma alta nas exportações de máquinas, equipamentos e artigos metalúrgicos, químicos e produtos industrializados de 42%, em agosto maior que agosto de ano passado. As exportações gaúchas chegaram a cifra de 1 bilhão e 300 milhões de reais. A importação sobre agosto do ano passado cresceu 82%. Importação também indica crescimento. Mesmo assim a balança comercial no RS foi superavitária em 100 milhões. Isso revela vontade, otimismo, entusiasmo. É o desprezo da pregação pessimista, que tenta derrubar a esperança brasileira.

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Texto redigido por Nereu Lopes de Lima