A Administração Municipal por meio da Secretaria de Saúde, inicia em outubro, as atividades do Grupo Escola da Dor, direcionado à portadores de dores crônicas, previamente selecionados por avaliação fisioterapêutica.

A Secretária de Saúde e Ação Social, Michele Reus Elias explica que o grupo terá 12 encontros, com a participação de fisioterapeuta, psicóloga, nutricionista e médico, com orientações para melhorar a qualidade de vida. Ela acredita que os encontros trarão uma nova perspectiva de vida para a população que sofre com dores crônicas.

Conforme Michele, a dor crônica é a principal causa de incapacidade e afeta principalmente mulheres. Segundo Michele, reconhecida após três meses de sofrimento e se não tratada a tempo, a dor crônica pode se prolongar por anos.

De acordo com a secretária, a dor não causa apenas sofrimento físico, mas também psicológico, pois depois de vários meses sentindo aquela dor diariamente, pode ocorrer depressão, ansiedade, pânico, queda na qualidade de vida, improdutividade no trabalho, desânimo, irritabilidade, tensão muscular, dificuldades de mobilidade, baixa de energia e perda de apetite, além de afetar também a sociabilidade dos pacientes, pois muitos deixam de trabalhar, de viajar e até de sair de casa, devido aos incômodos constantes.

Michele explica que na dor crônica, os fatores relacionados à frustração e ao sentimento de impotência induzem o paciente a uma maior tendência à depressão e à ansiedade.

Por este motivo, pode parecer que a dor crônica é emocional, mas, isso segundo Michele, não quer dizer que ela não exista.

Ainda conforme Michele, a dor psicológica existe porque, uma vez que o sistema biológico está ativo, ele habitua-se em responder do mesmo jeito, porque foi condicionado.

Por fim, a secretária de saúde de Iomerê, diz que na maioria dos casos, o sofrimento, a percepção da dor e o contexto social, se não alterados, irão retroalimentar esse condicionamento e fixar cada vez mais a mesma resposta.

Imagem de Laura Artal por Pixabay