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Brasília Brasil é o país que mais gasta dinheiro no mundo com parlamentares, partidos e eleições

Um levantamento feito pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) mostrou que o Brasil tem o orçamento por parlamentar 528 vezes maior que a renda média do assalariado brasileiro.

Reportagem: Artur Filho

Cada parlamentar custa quase R$ 25 milhões por ano, enquanto o cidadão brasileiro ganha R$ 47 mil ao ano.  O Brasil é o país que mais gasta com parlamentares no mundo, além das transferências de recursos para os partidos e para o financiamento de campanhas eleitorais.

O estudo foi feito com 33 países democráticos. A proporção média da amostra nos outros países equivale a 40 vezes a renda média das populações. Um dos responsáveis pela pesquisa, o economista da IMPA e professor da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, Luciano Irineu de Castro, diz que os gastos dos parlamentares brasileiros são elevados quando comparados com os outros países que fizeram parte da pesquisa.

 “O gasto por parlamentar no Brasil é 528 vezes a renda média do brasileiro. Isso é um valor mais que o dobro do país que vem em segundo lugar, que nesse caso é a Argentina, com 228. O gasto com parlamentar na Argentina é 228 vezes a renda média do Argentino, e todos os outros países vem abaixo. Se você fizer uma média com outros países, tirando o Brasil, mais incluindo a Argentina, a média é apenas 40. O gasto com parlamentar é 40 vezes a renda média do cidadão desse país”.

Leandro Gabiatti relembra que, em 2015, o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu o financiamento privado de campanha e como as eleições tem um custo muito elevado, segundo o cientista político, este recurso tem que sair de algum lugar. Ele acredita que o presidente da República vete este aumento de financiamento público de campanha aprovado na semana passada pelo Congresso Nacional, que se aproxima de R$ 6 bilhões para as eleições de 2022. “É muito provável que o presidente vete, porque ele não vai ficar com esse pepino na mão.

É muito provável que ele vete, ainda que cause um desgaste grande para ele, diante dos líderes partidários e aliados. Mas ele vai querer vetar, não vai querer sair mal na foto. É quase que certo ele ter argumento de renúncias fiscais para vetar. Agora, é bastante provável, também, que esse veto seja derrubado ou que eventualmente se chegue algum acordo ou se aprove um adendo da lei da LDO, com recursos menores. Isso vai ser negociado provavelmente”, comenta. Atualmente, se juntarmos todos os partidos políticos brasileiros, eles recebem um total de R$ 2.200 bilhões por ano dos fundos eleitorais. No ano que vem, o montante será de R$ 5.700 bilhões.

Por Luis Ricardo Machado

Rede de Notícias Regional /Brasília

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