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Dicas Tropical Crime psicológico contra mulheres poderá render dois anos de prisão

Crime psicológico contra mulheres poderá render dois anos de prisão

Um projeto de lei aprovado no Senado Federal quer alterar a Lei Maria da Penha, que pune crimes de violência contra as mulheres.

Reportagem: Henrique Carmo

 

Apesar de ser uma prática recorrente, a violência psicológica contra a mulher ainda não é considerada crime. Porém, com a aprovação do texto tanto no Senado quanto na Câmara dos Deputados, a nova medida poderá entrar em vigor em breve. Além disso, o projeto criou um sinal para que mulheres em situação de violência possam denunciar os agressores. A letra ‘X’, escrita na palma da mão, será o símbolo que identificará uma mulher em situação de risco. O texto prevê que o Executivo, o Judiciário, o Ministério Público, a Defensoria Pública e órgãos de segurança pública poderão estabelecer parceria com estabelecimentos comerciais para desenvolver o Programa Sinal Vermelho.

Já sobre o crime de violência psicológica, a relatora do projeto no Senado, Rose de Freitas (MDB-ES), explica o que muda. “Consistirá em causar dano emocional à mulher que a prejudique e perturbe o seu pleno desenvolvimento, ou que vise a degradar ou a controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, chantagem, ridicularização, limitação no direito de ir e vir, ou qualquer outro meio que cause prejuízo à sua saúde psicológica ou autodeterminação. A pena para este crime será de reclusão de 6 meses a 2 anos, e multa, se a conduta não se constituir crime mais grave”, salienta a parlamentar.

A senadora Zenaide Maia (PROS-RN), que é médica, ressalta a importância do projeto. “A primeira coisa que o agressor faz é tirar a autoestima da vítima. Ele vai seguindo, faz com que muitas vezes as mulheres não denunciem e fiquem procurando justificar a agressividade, achando que ela fez algo de errado. Nós estamos ampliando e as mulheres vão ter condições de denunciar. É impressionante que em pleno 2021 a gente ainda esteja discutindo, mas é necessário”, ressalta.

A proposta de mudança na Lei Maria da Penha, chamada de Pacote Basta, foi apresentada ao Congresso Nacional pela Associação dos Magistrados Brasileiros. O texto agora segue para a sanção presidencial. A presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Renata Gil, acompanhou a aprovação no parlamento e agradeceu aos congressistas. “Agradecendo a todos os parlamentares que acolheram essa ideia da AMB e que foram corajosos nesse momento de promover os avanços que a sociedade brasileira precisa. A AMB agradece ao parlamento brasileiro e entrega, para a sociedade, um importante instrumento de proteção da vida do ser humano, da vida das mulheres”.

Por Luis Ricardo Machado

Rede de Notícias Regional /Brasília

Imagem de Nino Carè por Pixabay 

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