(49) 3537.0980
Telefone
(49) 99104.0013
WhatsApp
Acompanhe
nas redes sociais

Brasília Dívidas da União superam bens e valores a receber em R$ 4,4 trilhões

Dívidas da União superam bens e valores a receber em R$ 4,4 trilhões

O patrimônio da União está no vermelho. As obrigações e débitos superam os bens e valores a receber. 

Ouça a matéria

O Governo Federal tem bens, como imóveis, mas tem contas a pagar. O Tesouro Nacional, que é o caixa do governo, informou que os passivos, que são as dívidas públicas, chegaram a R$ 4.445 trilhões em 2020. Em 2019, chegavam a R$ 2.982 bilhões. A diferença de um ano para o outro foi um recorde de 49% acima: R$ 1.463 trilhão.

Para o presidente do Conselho de Economia do Distrito Federal, César Bergo, a situação não é nada boa. Segundo ele, isto já vem acontecendo de longa data.“É muito preocupante, porque os ativos não são corrigidos na mesma proporção que os passivos. Você tem um aumento das taxas de juros. Você onera mais os haveres e as obrigações do governo. Você teve um longo período da taxa Selic baixa e você pode observar muitas desonerações, dispensas a pagamentos, os Refis, os refinanciamentos ao longo da história”, explica.

O economista afirma que para reverter esta situação, o Governo Federal tem que reduzir os gastos. César Bergo destaca que os perdões das dívidas também agravam este quadro. “Vai exigir do governo, nos próximos exercícios, uma ação mais direta, mais responsabilidade na condução dos fatores, menos desoneração. Isso aconteceu, também, de você dispensar o pagamento dos estados através daquele programa de recuperação fiscal. Isso tudo onera a União, e a União realmente está assumindo muito compromisso, e o endividamento do governo acaba atingindo patamares bastante preocupante, sobretudo com relação ao pagamento dessas dívidas para o próprio governo”.

Bergo ressalta que a crise da pandemia piorou a situação, mas o governo deve ter um olhar atento para o futuro e que o país caminhe para frente. “Foi em decorrência das obrigações administrativas, mais a gente não vê, por parte do governo, uma ação mais direta com relação a redução de custos. Então é necessária realmente essa disciplina fiscal para que o pais volte a uma certa normalidade. Não é normal você praticamente dobrar de um ano para o outro esse déficit. Portanto, você pode até alegar a questão da pandemia, mais, também, você tem um futuro a cuidar e a zelar. E fica bastante difícil nesse nível de endividamento. O governo está simplesmente administrando”. No ano passado, os gastos emergências foram de R$ 524 bilhões com a primeira onda da pandemia.

Por Luis Ricardo Machado

Rede de Notícias Regional /Brasília

 

Veja as mais acessadas

Nosso site salva o seu histórico de uso. Ao continuar navegando você concorda com a nossa Política de Privacidade. Para saber mais, acesse Política de Privacidade.

X
Configuração de Cookies:
Cookies Essenciais (Obrigatório)

Esses cookies permitem funcionalidades essenciais, tais como segurança e suas permissões.

Cookies Funcionais

Esses cookies coletam dados para lembrar escolhas que os usuários fazem e para melhorar sua experiência mais organizada.

Cookies Analíticos

Esses cookies nos ajudam a entender como os visitantes interagem com nosso site.