A equipe econômica do Governo Federal estuda um programa de qualificação profissional para jovens no país.

A ideia central é pagar uma bolsa de R$ 600 para que o jovem trabalhe e se prepare para o mercado de trabalho formal. O anúncio foi feito pelo próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, durante um evento para o setor econômico do país. Para o ministro, é preciso atuar na capacitação profissional de jovens para evitar gastos maiores na capacitação de quem já entrou no mercado de trabalho.

A ajuda de custo do programa de qualificação será dividida entre o governo e o setor privado. A ideia é cada um pagar R$ 300 ao jovem. Guedes detalha como seria esta ajuda de custo. “Vamos pegar os jovens que estão por aí andando, sem treinamento, sem escola, com 18, 19, 20 anos, e não conseguiram entrar no mercado de trabalho. Toma R$ 300 para você fazer um programa de treinamento. A empresa paga R$ 300 e dá o Bônus de Incentivo à Qualificação, e eu dou o Bônus de Inclusão Produtiva. Com R$ 600, acho que podemos criar 2 milhões de empregos rapidamente, em alguns meses”, ressalta o ministro.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desemprego no Brasil atingiu a taxa de 14,7% no primeiro trimestre deste ano. Isso representa mais de 14 milhões e 800 mil pessoas desempregadas no país. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) contínua. Para o economista Newton Marques, o programa deve custar pouco ao governo e pode ajudar a melhorar o quadro de desemprego no país. “Isso é uma forma de qualificar nesse período que existe um desemprego muito grande, principalmente nessa faixa etária para jovens de 18 a 25 anos. Com isso ele (jovem) ficaria mais qualificado para enfrentar um momento de recuperação da atividade econômica. É um programa que não é muito caro e ao mesmo tempo prepara esses jovens”.

Procurado para dar mais detalhes do programa, o ministério da Economia informou que não comenta medidas em estudo. No início do mês, Paulo Guedes informou, sem dar maiores detalhes, que o governo estuda medidas de inclusão produtiva e qualificação profissional para os chamados ‘invisíveis’. São pessoas que não são atendidas nem pelo programa Bolsa Família, nem pelo Benefício de Prestação Continuada, (BPC).

Ouça a matéria - Reportagem: Henrique Carmo

Por Luis Ricardo Machado

Rede de Notícias Regional /Brasília

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