“Faça o que eu faço, não faça o que eu digo”. Só contrariando o ditado popular para entender o comportamento de alguns “Nativos Digitais” quando o assunto é propaganda e marketing.

O tema já esteve em destaque no Insights ACAERT Nº 47 através de uma provocação do Diretor de Marketing do Santander.

Ele questionava o motivo de empresas como Google e Amazon investirem uma grande parte da receita que ganham em publicidade on-line com publicidade nos meios tradicionais.

A resposta, porém, é bem racional. Para ganhar um novo público e ter abrangência e relevância de marca, é necessário sair da bolha dos algoritmos.  E essa fórmula ganhou novos exemplos de peso no Brasil.

O Facebook já tinha anunciado no BBB este ano. Agora a Amazon adquiriu a terceira maior cota de patrocínio do Power Couple, da Record. E Netflix está em negociações para ser uma das patrocinadoras da transmissão dos Jogos Olímpicos de Tóquio na Globo.

Enquanto isso a aplicativo de vendas OLX aposta em um formato de Branded Content na Rede TV.

Black Friday anunciado no rádio rendeu 17% a mais em vendas pela internet.

Todos são exemplos relevantes de como os meios tradicionais são fundamentais na estratégia de marketing de qualquer marca, seja ela digital ou não.

Por outro lado, parcerias estratégicas também estão aproximando essas industrias.

O Google anunciou uma parceria com a Globo e, uma das novidades, é a união do broadcast e broadband nos aparelhos Android TV.

Os usuários podem estar assistindo ao BBB, por exemplo, e, ao final do programa ao vivo, o televisor sugere que o cliente continue assistindo ao reality pelo Globoplay com um clique.

É o futuro das Smart TVs, ou TVs inteligentes que começa a ganhar espaço no Brasil.

Outro exemplo dessa parceria tem sido a crescente oferta de dinheiro das Big Techs para os produtores de conteúdo.

Spotfy, Facebook, Twitter e Google anunciaram novos formatos de monetização para quem produz pra essas redes, seja de forma independente ou através de veículos de comunicação.

Enquanto isso o Rádio também mostra sua relevância como meio de informação local, especialmente durante a pandemia da COVID-19.

É o que comprova uma pesquisa  feita nos Estados Unidos em que os participantes disseram que o principal motivo de se ouvir uma estação é pela "personalidade do ar", que seria o equivalente a comunicador ou locutor no Brasil.

Segundo os resultados da Techsurvey 2021, quase nove em dez (87%) dos ouvintes concordam totalmente ou concordam que a “sensação local do rádio é uma de suas principais vantagens”.

Tem o destaque da Microsoft como anunciante do ano no festival de Cannes. E o início da banda estendida de FM no Brasil.

Para finalizar, nosso momento de provocação de hoje vem da Noruega. Uma rede de alimentos lançou uma campanha em que mostra como esse mundo ultra conectado nos coloca em situações constrangedoras e até desnecessárias.

Um dos personagens da campanha é um rádio ativado por comando de voz. Como diz o slogan da campanha: “O simples costuma ser melhor”. Simples assim.

Bons Insights!

Guido Schvartzman
Diretor de Conteúdo

Imagem de Lubos Houska por Pixabay