O mercado financeiro não reagiu bem e estima uma elevação da inflação para este ano com as informações que estão no relatório Focus divulgado pelo Banco Central.

 Baseado pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), existe uma expectativa que a inflação suba de 5,04% para 5,06% em 2021. Analistas de diversas instituições financeiras estimam esta inflação de 5,06% e uma alta do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os serviços e bens produzidos no Brasil, de 3,14% para 3,21%. Com esta inflação, os mais atingidos são os brasileiros que ganham menos e acabam gastando boa parte do salário com alimentação, transporte e aluguel. No entanto, para quem tem salário mais alto, o impacto é menor. 

O economista Newton Marques afirma que isto está ocorrendo pela demanda externa dos produtos alimentícios produzidos aqui no Brasil e que são vendidos em dólar. “Esta estimativa, tanto da inflação quanto do PIB, está relacionada com os números que saíram com relação ao IPCA, que mostra que continuam pressionando os preços pela desvalorização cambial e pela elevação do preço de commodities no mercado internacional. Isto faz com que os exportadores prefiram vender lá fora do que vender aqui dentro e, com isso, os preços sobem”.

 Quanto à elevação do PIB brasileiro, o especialista em política monetária acredita que continuará subindo devido à produtividade do agronegócio, que atende o mercado externo. “As últimas informações mostram que está havendo uma recuperação, mesmo que ainda tímida da indústria, do comércio e da agropecuária também. E com isso, elevam as estimativas para 2021”, explica Newton.  A previsão de inflação continua acima do que foi previsto para este ano, que seria de 3,75%. A estimativa é que não ultrapasse 5,25%.

Por Luis Ricardo Machado

Rede de Notícias Regional /Brasília

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