Brasil STF inaugura pena de morte no Brasil
O criminoso Jonatham Batista Barbosa foi condenado a 13 anos de prisão. Tinha seis registros policiais graves no Rio de Janeiro. Acusado de homicídio, roubo, porte ilegal de arma de fogo, furto e receptação, foi libertado por ordem da justiça. É acusado pela morte de uma fã de Taylor Swift. Assassinato ocorrido após decisão da juíza Priscilla Macuco Ferreira, com base em jurisprudência do STF.
O baiano Cleriston Pereira da Cunha residia há 20 anos em Brasília. Era ficha limpa na Polícia e “gente do bem” no Distrito Federal.
Participante das manifestações na frente do QG do Exército em Brasília, acabou sendo preso com os manifestantes, todos envolvidos de forma generalizada pelos atos de vandalismo na sede dos três Poderes.
Foi acusado pelo ministro Alexandre de Moraes de prática de ação criminosa, dano ao patrimônio, golpe de Estado e atentado à Democracia.
Se delito houvesse, caberia inquérito policial e ação penal pelo Ministério Público, ajuizada na primeira instância. É a lei. O empresário não tinha foro privilegiado, sequer ocupava cargo público.
Preso na Papuda, com comorbidades, Cleriston Cunha recebia medicamentos para controle de diabete e de hipertensão, acompanhado por equipe médica. A defesa requereu ao ministro do STF liberdade provisória para tratamento de saúde. Com a farta documentação médica, o pedido ganhou parecer favorável da Procuradoria Geral da República.
O Torquemada nada decidiu. E Cleriston Cunha veio a falecer.
A Constituição Federal proíbe a adoção da pena de morte no Brasil. Mas o ministro do STF acaba de decretar, por ação e omissão, a pena capital contra um cidadão patriota que pedia apenas liberdade para cuidar de saúde.
O Estado Brasileiro é o maior responsável por esta tragédia.
texto: Moacir Pereira
Foto: Reprodução/Internet