Brasil Semana decisiva para formação de governo Lula
A 13 dias de tomar posse pela terceira vez como presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá uma semana decisiva para a formação de seu futuro governo, obter uma base no Congresso e conseguir garantir recursos orçamentários para suas promessas de campanha.
O presidente eleito ainda terá de enfrentar outros dois desafios: os impactos do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a legalidade do orçamento secreto, prometido para hoje — o que pode gerar má vontade de muitos parlamentares que defendem a medida, afetando a votação de temas caros a Lula no Legislativo —, e o prazo de encerramento das atividades de deputados e senadores.
Além disso, Lula deverá ter uma semana mais curta: na quinta-feira ou, no máximo, sexta-feira, ele deve embarcar para São Paulo e passar o Natal com sua família. A data coincide com o prazo que sua equipe estabeleceu como meta para resolver o espaço fiscal para 2023, votando a PEC da Transição e a proposta do Orçamento para o próximo ano.
A falta de clareza sobre o cenário atrasa a divulgação do ministério de Lula. Até o momento, o presidente eleito anunciou oficialmente apenas cinco dos 37 nomes de sua Esplanada dos Ministérios — há ainda o caso de Margareth Menezes, que indicou ter aceitado o convite de Lula para a pasta da Cultura.
Os anunciados até o momento — Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), José Múcio Monteiro (Defesa), Flávio Dino (Justiça) e Mauro Vieira (Itamaraty) — são considerados da “cota pessoal” do presidente.