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Brasil Estado não pode querer ser "sócio da indústria" e, sim, um facilitador

Estado não pode querer ser

Vice-presidente da Câmara dos Deputados 

Deputado Marcelo Ramos (PSD-AM) participou de evento que celebrou os 200 anos de independência do país. Autoridades e especialistas destacam que é preciso diminuir o chamado Custo Brasil para que a indústria volte a ser protagonista

Áudio (02:09s)

O vice-presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Marcelo Ramos (PSD-AM), disse que é preciso dar liberdade à atividade industrial para fomentar o crescimento do país. “O Estado brasileiro não pode ser um atrapalhador e nem querer ser sócio dos negócios da indústria. O Estado brasileiro precisa ser um facilitador, criar um ambiente de negócio sadio para que a indústria possa se desenvolver, diminuir o Custo Brasil. Tenho certeza que os nossos industriais e os nossos trabalhadores da indústria demonstrarão que são competitivos como qualquer indústria do mundo”, destacou. 

A declaração foi dada em entrevista ao Brasil 61, nesta quarta-feira (6), durante o primeiro seminário da série “200 Anos de Independência: A indústria e o futuro do Brasil”, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em alusão ao bicentenário da Proclamação da Independência. 

Marcelo Ramos destacou que a independência do Brasil corre paralelamente à história da indústria do país. “Não existe país independente sem atividade industrial consolidada, principalmente um país de dimensões continentais como o Brasil, com a importância geopolítica que tem o Brasil, e com 200 milhões de brasileiros e de bocas para alimentar”, ressalta. 

Na abertura do seminário desta quarta-feira, o presidente da CNI, Robson Andrade, lembrou que, nos últimos dez anos, a indústria de transformação brasileira encolheu, em média, 1,4% ao ano, o que afetou o desempenho da economia. “Na última década, o PIB do país cresceu, em média, apenas 0,2% ao ano. Em grande medida, esse resultado, muito aquém da nossa capacidade, se deve ao Custo Brasil, um antigo conjunto de ineficiências estruturais que inibem os investimentos, diminuem a competitividade das empresas e comprometem a qualidade de vida da população", afirmou.

 

Para o cientista político Jairo Nicolau, é sabido há mais de 20 anos que é importante o país diminuir o chamado Custo Brasil, bem como realizar uma reforma tributária ampla. Mas falta vontade política para tirar essas mudanças do papel. “Há pelo menos duas décadas ouço discussões sobre o Custo Brasil. Esse não é um tema da vida ordinária dos parlamentares no Congresso Nacional. A cada quatro anos o país aproveita a eleição presidencial para discutir seus grandes temas. Quem formula as ideias são as campanhas presidenciais. Temos um problema do diálogo que não está sendo bem resolvido”, avalia. 

Estudo do Movimento Brasil Competitivo, em parceria com o Ministério da Economia, estima que o chamado Custo Brasil impõe gastos extras da ordem de R$ 1,5 trilhão ao setor produtivo. Entre os principais gargalos está o sistema tributário. 

O deputado Fábio Ramalho (MDB-MG) disse que a série de seminários promovida pela CNI mostra que a indústria está engajada com o futuro do país. Na opinião do parlamentar, a reforma tributária é a medida mais urgente quando o objetivo é facilitar a atividade industrial. 

“Principalmente uma reforma tributária. Essa é a principal [medida] e a melhor coisa que nós podemos dar à indústria e a quem produz no Brasil: simplificar o nosso sistema tributário”, destaca. 

A série

A série “200 Anos de Independência: A indústria e o futuro do Brasil” promoverá mais quatro debates até junho. O próximo seminário vai ocorrer no dia 27 de abril. O tema é “Desenvolvimento Econômico e Sustentabilidade”. O objetivo da iniciativa é refletir sobre a evolução alcançada pelo país após a independência, como o Brasil se posiciona atualmente e quais as perspectivas para as próximas décadas.
 

Indústria. Foto: Freepik

Fonte: Brasil 61

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