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Santa Catarina Subsídio às pequenas distribuidoras de energia poderá equiparar os preços da contas de luz entre áreas próximas

Subsídio às pequenas distribuidoras de energia poderá equiparar os preços da contas de luz entre áreas próximas

Emenda adicionada ao projeto de lei 712/19 prorroga a compra de energia de carvão por parte da União. Entidades do Setor Elétrico e da Indústria alertam para prejuízos ambientais e econômicos da emenda

Áudio (02:19s)

O Senado aprovou o projeto de lei 712/19 que prevê subsídios para pequenas distribuidoras de energia. O objetivo é garantir que as tarifas dessas distribuidoras (mercado anual inferior a 350 GWh) não sejam maiores que os preços cobrados pelas grandes concessionárias (superior a 700 GWh anual) de áreas próximas e da mesma unidade federativa. O texto aguarda sanção presidencial.

Segundo a proposta, a subvenção econômica será proveniente da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) - fundo arrecadado por cotas pagas por todos os agentes que comercializam energia elétrica. 

A medida já é válida por lei para cooperativas rurais, conforme explica a relatora do PL, deputada Geovânia de Sá (PSDB-SC).

“As pequenas concessionárias de distribuição de energia elétrica, assim como as cooperativas de eletrificação rural, foram pioneiras no fornecimento de energia elétrica em várias regiões do país. Entretanto, apesar de encontrar-se em situação semelhante, as pequenas distribuidoras não foram contempladas pelo mecanismo instituído pela lei 10.438/2002 que beneficiou as cooperativas de eletrificação rural com o provimento de recursos para compensar o impacto tarifário de suas reduzidas densidades de carga”, afirma.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, afirma que o problema do alto custo da energia no Brasil são os impostos. “Nós temos que trabalhar para que os governos pensem que o crescimento econômico pode gerar outros impostos e reduzir o custo de energia. O Brasil já teve, há 20 anos, a energia mais barata do mundo. Hoje nós somos uma das mais caras”, defende. 

Projeto cria política de ajuda ao setor carbonífero

Energia de carvão

Quando passou pela Câmara, o projeto recebeu uma emenda do deputado Ricardo Guidi (PSD-SC), que determina que a União deverá prorrogar a autorização de funcionamento do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda (CTJL) - uma usina de carvão em Santa Catarina - por 15 anos contados a partir de 1° de janeiro de 2025.

Além disso, o Ministério de Minas e Energia (MME) deverá assinar um contrato de compra de energia de reserva do CTJL em quantidade estipulada nos contratos vigentes na data de publicação da futura lei. 

Em nota, o MME afirma que a manutenção da cadeia produtiva do carvão permite que o setor elétrico e o consumidor brasileiro tenham uma energia mais segura. 

“Por meio da operação de termelétricas a carvão, é possível reduzir a geração de energia quando os reservatórios das usinas hidrelétricas estiverem cheios. Por outro lado, essas termelétricas podem ser acionadas quando os reservatórios estiverem vazios. Dessa forma, o parque gerador térmico a carvão pode contribuir para a segurança energética e mitigar eventuais cenários de escassez hídrica.”

No entanto, em minuta encaminhada ao Senado, a Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), a Associação Nacional dos Consumidores de Energia, o Conselho Nacional de Consumidores de Energia Elétrica, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor e o União Pela Energia alertam sobre os possíveis prejuízos ambientais e econômicos da emenda.

“O texto obriga todos os consumidores a recontratarem uma energia elétrica de fonte que o todo o Planeta procura substituir, postergando por mais 15 anos o processo de descarbonização da nossa matriz. Do ponto de vista econômico, quando comparada com a opção de os consumidores contratarem livremente sua energia renovável ao custo de R$ 187/MWh, a emenda inserida no PL 712/2019 impõe a todos os consumidores uma ineficiência anual de R$ 840 milhões.”

O presidente da CNI afirma que, apesar de não ser favorável ao acionamento de termelétricas movidas a carvão, entende a necessidade do recurso em meio a crise energética de 2021.

“Não sou a favor de térmicas movidas a carvão, mas entendo que foi necessário nesse momento. Mas acho que o Brasil tem um potencial enorme de investimento no setor de energia, principalmente energias limpas como eólica e solar. E tem investimentos a serem feitos, por exemplo, na costa do Nordeste brasileiro, por meio do nosso Instituto de Inovação em Natal, que é voltado para esse setor de energia.”

A emenda foi aprovada pelo Senado nos últimos dias de 2021, com a determinação de criar um programa de transição energética para alinhar as metas de neutralidade na emissão de carbono aos impactos socioeconômicos e à valorização de recursos minerais e energéticos. O texto aguarda sanção do presidente Jair Bolsonaro.

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Fonte: Brasil 61

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