Brasil Governo ampliar o público do Auxílio Brasil
Por meio de decreto, o presidente da República, Jair Bolsonaro, reajustou os valores das faixas de renda de famílias em situação de extrema pobreza no país.
A medida faz parte das ações do governo para colocar em prática o novo programa de distribuição de renda que vai substituir o Bolsa Família. O Auxílio Brasil começou a funcionar neste mês de novembro e segundo o decreto, a renda de uma família considerada em situação de extrema pobreza passará de R$ 89 para R$ 100 por pessoa. Para pessoas consideradas em condição de pobreza, a faixa passa de R$ 178 para R$ 200. De acordo com o governo, a medida permitirá ampliar o público atendido pelo novo benefício. Hoje, 14 milhões de famílias recebem o Bolsa Família e a intenção é ampliar o atendimento para 17 milhões de famílias.
O governo havia prometido, também, um reajuste de 20% no valor do benefício, como anunciou o ministro da Cidadania, João Roma, no lançamento do Auxílio Brasil. “Esse programa seguirá de maneira linear, portanto o Auxílio Brasil receberá um reajuste de 20%. O programa permanente tem valores que oscilam. Vão desde valores abaixo de R$ 100 até valores superiores a R$ 500. Portanto, o programa, de uma maneira geral, terá reajuste de 20%”, explica o ministro, salientando que o programa nada tem de eleitoreiro, mas um programa transformador que visa emancipar o cidadão. “Um programa que vai, sem dúvida nenhuma, chegar mais fortalecido a este público, assim como vai buscar ampliar este público”.
Porém, no decreto publicado pelo Executivo, o reajuste do novo programa será menor, pouco mais de 17%. Segundo o ministro João Roma, a determinação era que o Auxílio Brasil fosse de R$ 400. “O presidente Bolsonaro nos demandou que todos aqueles que fazem parte da pobreza e extrema pobreza, que estão no programa social através do Cadastro Único, do Sistema Único de Assistência Social, que nenhuma dessas famílias beneficiárias receba menos de R$ 400. Estamos tratando, tanto internamente no governo, na área social e na área econômica, para que esses avanços e o atendimento desta necessidade do povo brasileiro ocorra, também, seguindo a responsabilidade fiscal, que é uma pauta que desde o princípio temos defendido, sempre declarando que a área social e a área econômica são duas faces da mesma moeda”, afirma.
Mas de acordo com a nova determinação do governo, o valor médio do benefício será de R$ 217.18. O governo divulgou que uma complementação temporária vai ajudar a pagar os R$ 400 prometidos em 2022, mas para o ano seguinte ainda não há informação de onde virá o dinheiro para o novo programa.
Por Luis Ricardo Machado
Rede de Notícias Regional /Brasília
Foto: ministro da Cidadania, João Roma
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