Imagens que circulam nas redes sociais mostram enfermeiro supostamente fingindo aplicar a primeira dose da vacina no braço da mulher

Um vídeo que circula nas redes sociais tem causado indignação e revolta em quem vive na cidade de Araranguá, no Sul de Santa Catarina. Isso porque as imagens mostram o que a prefeitura investiga como um suposto flagrante de vacinação forjada. Segundo familiares da idosa vacinada, uma mulher de 89 anos, o enfermeiro fingiu aplicar a vacina contra Covid-19.

O caso teria ocorrido em uma das tendas de vacinação erguidas pela Prefeitura, no bairro Cidade Alta. Um dos filhos da idosa, que estava a acompanhando, filmou o momento em que ela recebia a dose da vacina.

Porém, ao chegar em casa e mostrar o vídeo aos outros irmãos, eles perceberam que o enfermeiro teria injetado a agulha no braço da mãe sem que a seringa tivesse o líquido.

Secretaria vai investigar suposta aplicação falsa

Indignada, a família da idosa procurou a Secretaria Municipal de Saúde, que informou que vai investigar o caso. Em nota, o município disse que a pessoa que aparece aplicando a vacina seria um acadêmico de medicina e enfermeiro. Ele havia se voluntariado para a aplicação das doses.

Além disso, a Prefeitura alegou que ele “vai responder por suas ações e a quem mais couber a responsabilidade se a denúncia se confirmar”. A ação também foi repudiada pelos vereadores da cidade, durante a sessão da Câmara nesta segunda-feira (24).

Veja a nota da prefeitura na íntegra;

“NOTA DE REPÚDIO

É com indignação que a Administração Municipal de Araranguá vem a público manifestar primeiramente seu repúdio ao ato praticado pelo acadêmico de medicina e enfermeiro que se voluntariou à nossa equipe para aplicação da vacina contra covid-19 e que supostamente foi flagrado em ação que forjava a vacinação.
Além se desrespeitar a nobre ciência da medicina, usou da confiança de sua universidade e de nossa administração para a vacinação.
Desde já nos comprometemos a fazer este indivíduo responder por suas ações e a quem mais couber responsabilidade se a denúncia se confirmar.
Num momento de tantas perdas, distanciamentos, sacrifícios e trabalho duro, é inacreditável que alguém use do privilégio de salvar vidas, para colocá-las em risco.